08 fevereiro 2009

Desabafos directos (para quem os recebeu) 5


A esta hora da matina,
estranho e bizarro sentir me desafina,
como se por um leve virar da esquina,
a minha vida transformada num alegre som de concertina.

Pelas nuvens mais cinzentas,
andei às cegas a tropeçar em cometas,
ao longe avistava planetas,
horizontes longe das vistas.

Conhecido o céu azul,
bebo chá quente do bule,
avistei calores ardentes ,
o meu sol de raios reluzentes.

Noites quentes ganham brilho,
sozinho no escuro... do sol sou filho,
vivo e sobrevivo, enquanto me encolho,
sou água no tacho e especiaria do molho.

Tive receio de uma fuga,
depois de tanta luta,

o sentimento que me suga,
e que me deixa sem permuta.

Não te quero perder, quero te ter,
não sou frio... quero te aquecer... até morrer.

3 comentários:

Vigilante disse...

Lindissimo, senti bastante as tuas palavras, e revi-me em muitas delas.

Já senti e sinto o que isso é.

Adorei mesmo.

palpita disse...

belo e unico....
bom trabalho!!!

Cevas disse...

Obrigado pelas vossas palavras. Vocês é que são únicos. Paz

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